Nos últimos anos, as fraudes digitais viraram um pesadelo para empresas de todos os segmentos e portes. Em 2024, o número de golpes no ambiente digital cresceu quase 50%, segundo levantamento da revista Veja. O aumento impactou especialmente setores como educação e saúde, agora expostos a riscos digitais cada vez mais frequentes.
Devido à digitalização acelerada, a sofisticação das técnicas usadas por criminosos virtuais aumentou. Isso elevou o risco de acesso a dados sensíveis, o desvio de recursos e os danos à reputação das corporações. Por esse motivo, empresas e profissionais precisam estar atentos às ameaças e adotar soluções antifraudes a fim de fortalecer a segurança online.
Neste artigo, você vai conhecer como a biometria reforça a proteção das organizações, reduz as possibilidades de fraude e proporciona uma experiência mais segura aos clientes.
Acompanhe!
O que são fraudes digitais
As fraudes digitais abrangem delitos virtuais que utilizam recursos tecnológicos com a finalidade de enganar pessoas físicas ou jurídicas. Tais crimes ocorrem por meio de e-mails, redes sociais, aplicativos de comunicação e sites falsos, explorando técnicas de engenharia social e invasão de sistemas.
Os trapaceiros, na intenção de capturar dados sigilosos, obter valores financeiros e/ou acessar sistemas restritos, assumem a identidade de instituições reconhecidas, como bancos, fornecedores e parceiros comerciais. Em seguida, enganam funcionários e induzem ações que favorecem o golpe. Essas falcatruas ampliam o risco de vazamento de informações, prejuízos financeiros e exposição de credenciais comprometidas em diferentes setores do mercado.
Tipos de fraudes digitais mais comuns em empresas
Dentre as práticas fraudulentas mais recorrentes no ambiente corporativo, destacam-se:
1. Phishing
Consiste no envio de e-mails ou mensagens falsas cuidadosamente elaboradas, no intuito de simular comunicações legítimas. Os golpistas replicam logotipos, cores, fontes e outros elementos visuais presentes em comunicados oficiais, criando conteúdos praticamente idênticos aos originais. Com esse nível de detalhamento, induzem os destinatários a clicar em links maliciosos e a fornecer informações confidenciais.
➡️Exemplo:
Um profissional do setor financeiro recebe uma mensagem aparentemente enviada pelo banco parceiro. O conteúdo destaca a urgência de atualizar dados cadastrais e apresenta um link para “regularização imediata”. Ao acessar o endereço e preencher o formulário, o colaborador, sem perceber, entrega dados sigilosos diretamente aos fraudadores, que passam a acessar contas bancárias e sistemas internos.
2. Ransomware
Refere-se à disseminação de um software malicioso capaz de criptografar arquivos da empresa após a instalação. Após o ataque, criminosos exigem pagamento como condição para restituir o acesso aos dados. Esse tipo de ação provoca interrupções operacionais, perda de informações importantes e gera custos elevados durante a recuperação dos sistemas afetados.
➡️ Exemplo:
Uma equipe responsável pelo atendimento ao cliente tenta acessar contratos, planilhas de acompanhamento e documentos operacionais para dar continuidade às demandas do dia. De repente, todos os arquivos ficam inacessíveis. Uma mensagem aparece na tela, informando sobre a criptografia dos dados e a liberação apenas após o pagamento em criptomoedas. Enquanto isso, as atividades permanecem paralisadas, o que resulta em prejuízos financeiros e aumenta a preocupação entre os colaboradores.
3. Fraudes em pagamentos e boletos
Caracterizam-se pela adulteração de documentos de cobrança, como boletos bancários, no intuito de desviar valores durante o processo de pagamento. Os trapaceiros modificam informações de pagamento e desviam os recursos para contas falsas, enquanto o responsável não percebe nenhuma irregularidade.
➡️ Exemplo:
O setor de contas a pagar recebe um boleto de um fornecedor conhecido, com valor e vencimento corretos. O documento parece legítimo, mas os dados bancários foram alterados por fraudadores após interceptação da comunicação. O pagamento ocorre normalmente, porém o valor não é creditado ao fornecedor verdadeiro, o que resulta em prejuízo e atrasos nas negociações.
4. Roubo de informações e espionagem
Envolve o acesso a dados confidenciais da empresa, como projetos em andamento, listas de clientes e contratos. Os invasores utilizam diferentes estratégias, incluindo violação de sistemas, instalação de softwares espiões e técnicas de engenharia social, em busca de capturar informações estratégicas.
➡️ Exemplo:
Durante uma viagem de negócios, um colaborador conecta o notebook corporativo a uma rede Wi-Fi pública. Sem que o usuário perceba, um programa espião é instalado, permitindo o acesso remoto a documentos e dados sensíveis. Essas informações podem ser comercializadas para concorrentes ou utilizadas com a finalidade de prejudicar negociações importantes.
5. Clonagem de cartões corporativos
Consiste na captura de dados de cartões de crédito empresariais a fim de realizar compras não autorizadas. Os fraudadores obtêm essas informações por meio de sites comprometidos, dispositivos de clonagem em estabelecimentos ou ataques a plataformas de pagamento.
➡️ Exemplo:
O setor financeiro identifica transações em diferentes cidades ou até em outros países, todas realizadas com o cartão corporativo. O problema só é descoberto quando funcionários analisam o extrato detalhado, momento em que parte do impacto negativo já ocorreu e o processo de contestação precisa ser iniciado.
Consequências das fraudes digitais para empresas
As consequências das fraudes digitais vão desde prejuízos financeiros até danos à reputação das organizações. Em muitos casos, os impactos podem ser irreversíveis. Veja alguns exemplos:
- Prejuízos financeiros: transações fraudulentas, pagamentos indevidos e violações de contratos geram perdas diretas de dinheiro e bens da empresa. Isso dificulta a manutenção das operações e compromete investimentos futuros.
- Danos à reputação e à confiabilidade: envolvimento em fraudes — mesmo como vítima — prejudica a imagem da corporação e afasta clientes. A perda de credibilidade afeta o desempenho comercial e atrapalha a conquista de novos negócios.
- Custos relacionados à resposta a incidentes: a necessidade de investigação, auditorias e comunicação com stakeholders gera despesas adicionais e demanda tempo dos times.
- Impactos operacionais: a interrupção das operações paralisa sistemas, impede o cumprimento de metas e contratos, além de prejudicar o relacionamento com os fornecedores. Essa situação pode levar a dívidas, complicações legais e dificuldades para retomar as atividades normais.
- Pressão regulatória e governança: empresas vítimas de ataques precisam comprovar conformidade diante de normas, a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A ausência de um plano de contingência compromete a reputação e a confiança perante o mercado e órgãos reguladores.
Cada um desses fatores pode iniciar uma série de consequências, o que dificulta e encarece o processo de recuperação. Dessa forma, investir em prevenção, governança e resposta rápida a incidentes é uma medida eficaz na proteção dos negócios.
Qual a melhor forma de combater as fraudes
A essa altura, você já percebeu o quanto uma fraude compromete as operações e a reputação da organização. Então, a melhor maneira de lidar com os golpes online é investir no treinamento de equipe, em processos bem definidos e em tecnologia adequada. O primeiro passo é fomentar a educação e a capacitação contínua dos colaboradores. Programas de conscientização sobre segurança da informação, cursos de identificação de ameaças e orientações em boas práticas digitais fortalecem a defesa de qualquer organização.
Na sequência, recomenda-se estabelecer políticas claras de segurança da informação. A definição de regras sobre uso de dispositivos, senhas, acesso a sistemas e compartilhamento de dados contribui para um ambiente mais seguro e diminui brechas exploráveis por criminosos.
Outro ponto relevante envolve o uso de sistemas tecnologia ultrapassada, vulneráveis à atuação de invasores qualificados. As fraudes evoluíram, portanto, métodos de combate também precisam acompanhar esse avanço. Não adianta remendar um sistema antigo, então o recomendado é modernizá-lo de forma inteligente, sem gerar complicações para os times internos e os clientes. É nesse contexto que o BioPass ID, por meio de APIs robustas, oferece uma solução eficaz. Ao conectar sistemas a serviços avançados de identificação biométrica, a exemplo do reconhecimento facial e da impressão digital, a plataforma fortalece a proteção contra fraudes, aprimora a experiência do usuário e garante total conformidade à LGPD.
Por que modernizar sistemas para combater fraudes digitais
A modernização dos sistemas não significa grandes investimentos ou revoluções tecnológicas fora do alcance. Com as APIs de biometria, qualquer empresa — seja pequena, média ou grande — pode reforçar a segurança de forma prática e sem complicar a experiência do consumidor.
Neste artigo, abordamos o crescimento das fraudes digitais e os impactos causados em empresas de diferentes tamanhos e setores. Também mostramos como as APIs biométricas potencializam a segurança das organizações e a confiança dos clientes. Os golpes digitais já são uma realidade e estão evoluindo rapidamente. Para reduzir riscos de exposição e vazamentos de informações, considere implementar uma plataforma antifraude, a exemplo do BioPass ID.
Gostou do conteúdo? Então, leia também o que é uma API de multibiometria e como essa tecnologia funciona.
