A biometria está mudando a forma como nos identificamos em diversos setores, e na área da saúde não é diferente. Métodos tradicionais de autenticação, como senhas e cartões, abrem brechas para fraudes, invasões e perdas de dados sensíveis. Nesse sentido, a adoção de tecnologias biométricas tem se mostrado uma solução promissora.
De acordo com a pesquisa Senhas e Biometria no Brasil, realizada pela Mobile Time e Opinion Box, a autenticação biométrica já faz parte do dia a dia de muitos brasileiros. O levantamento revela que 29% dos entrevistados consideram o reconhecimento facial como a forma mais segura de autenticação, enquanto 26% apontam a leitura de impressão digital como a preferida. Esse dado reflete não somente a confiança na tecnologia, como também a disposição da sociedade em adotá-la em áreas essenciais, como hospitais, clínicas e laboratórios.
E como uma instituição de saúde pode escolher a tecnologia biométrica mais adequada? Vamos mostrar a seguir. Aqui, você vai conhecer os prós e os contras de cada biometria, entender como funciona o reconhecimento facial e a leitura de impressão digital, bem como descobrir os custos de implementação. Continue comigo!
O que é e como funciona a biometria facial e de impressão digital
A biometria é uma tecnologia que utiliza matemáticos e estatística para identificar indivíduos com base nas características físicas ou comportamentais. Por exemplo, em vez de depender de métodos tradicionais como crachás de identificação, assinaturas manuais ou códigos PIN, a biometria utiliza dados pessoais e difíceis de replicar.
As duas formas mais populares de biometria — facial e digital — têm aplicações amplas e também podem ser combinadas. Vamos entender como cada uma funciona:
Biometria facial
A biometria facial utiliza algoritmos avançados para analisar as características individuais do rosto de uma pessoa. O sistema cria um "mapa facial" baseado em detalhes como:
- Distância entre os olhos.
- Formato do nariz.
- Contornos da mandíbula e do queixo.
- Outros pontos específicos do rosto.
Esse processo cria um modelo matemático exclusivo, armazenado de forma segura e utilizado para comparações futuras durante a autenticação. Veja:

Uma das principais vantagens da biometria facial é a possibilidade de realizar o reconhecimento de maneira ágil, prática e eficiente, utilizando apenas uma câmera, como a de um smartphone.
Entretanto, como qualquer outra tecnologia, o reconhecimento facial também possui desafios. São eles:
- Sensibilidade à iluminação: condições de luz inadequadas podem impactar a precisão do reconhecimento.
- Mudanças temporárias no rosto: uso de acessórios, como óculos e chapéus, pode dificultar a identificação do indivíduo.
- Custo inicial: a biometria facial pode ter um custo mais elevado quando comparada a outras tecnologias.
Biometria digital
A biometria digital identifica uma pessoa por meio das impressões digitais, analisando os padrões específicos presentes nas pontas dos dedos, como:
- Sulcos e curvas: formações exclusivas que diferenciam cada impressão digital.
- Minúcias: pontos de bifurcação e terminações dos sulcos.
- Padrões de cristas: configurações detalhadas que tornam cada impressão única.
- Distribuição dos pontos: localização precisa das características ao longo da superfície do dedo.
O reconhecimento ocorre por meio de sensores que capturam a imagem da impressão digital e a comparam com os dados previamente cadastrados. Esses leitores biométricos podem ser integrados a dispositivos, como smartphones e notebooks. Caso o dispositivo não tenha essa funcionalidade integrada, já existem soluções biométricas que permitem realizar a captura diretamente pela câmera do celular. Entenda melhor:

A essa altura você já pode imaginar que essa tecnologia também possui desafios, certo? São eles:
- Contato físico: exige que o usuário toque no sensor, o que pode gerar preocupações com higiene, especialmente em ambientes hospitalares.
- Desgaste das digitais: profissionais que trabalham com atividades manuais ou idosos podem apresentar dificuldades devido ao desgaste natural das impressões digitais.
- Dependência de condições ideais: impressões digitais sujas, úmidas ou oleosas podem comprometer a precisão da leitura, exigindo cuidados adicionais para garantir o funcionamento adequado.
Ambas as tecnologias baseiam-se na individualidade biológica de cada pessoa para oferecer segurança e autenticidade. A principal diferença está na forma de coleta. Enquanto a biometria facial não requer contato físico, a impressão digital pode exigir o toque do dedo no sensor. Esse detalhe tende a ser um fator decisivo na escolha da tecnologia, dependendo das necessidades e do ambiente em questão.
Também é preciso ficar atento à acurácia de cada tecnologia para não ocorrer erros, como falsos positivos (reconhecer alguém incorretamente) ou falsos negativos (não reconhecer a pessoa cadastrada).
Aceitação da tecnologia biométrica
No Brasil, a biometria já está amplamente presente no dia a dia das pessoas, sendo utilizada em diversas situações que exigem segurança e praticidade. Um exemplo comum é o desbloqueio de smartphones, o acesso a aplicativos bancários e o uso em sistemas de controle de ponto nas empresas.
No contexto da saúde, os hospitais, as clínicas e os laboratórios, podem implementar a biometria para trazer mais agilidade, segurança e precisão na hora de identificar pacientes e profissionais. Outra questão são as fraudes. A tecnologia reduz possibilidades de erros como troca de prontuário, acesso indevido às farmácias hospitalares, entre outros. Segundo o estudo da PwC Brasil, as fraudes relacionadas a reembolsos geraram prejuízos estimados em R$ 3,5 bilhões, reforçando a urgência em implementar métodos mais confiáveis.
Desafios da implementação biométrica na área da saúde
Quando pensamos em biometria, logo vem à mente a praticidade. No entanto, quando aplicada ao setor de saúde, o cenário apresenta obstáculos específicos que precisam ser considerados para garantir a eficácia e a segurança. Um dos principais pontos de atenção é a proteção dos dados biométricos. As informações biométricas estão diretamente ligadas à identidade física do indivíduo, sendo classificadas como dados sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Não basta só coletar, é preciso garantir transparência, segurança e consentimento do paciente e/ou do prestador de serviço em todo o processo.
Outra questão é a integração com sistemas existentes. Para funcionar plenamente, os sistemas biométricos precisam conectar-se às plataformas já utilizadas pela instituição de saúde, como prontuários eletrônicos, sistemas de gestão hospitalar e controle de acesso. Quando essa integração não ocorre de forma eficiente, há riscos de retrabalho, inconsistências nos dados e interrupções nos fluxos operacionais.
Os custos de implantação também devem ser considerados. A aquisição de dispositivos biométricos e softwares especializados exige investimento, além de despesas adicionais com treinamento e ajustes na infraestrutura. Esse fator pode ser ainda mais desafiador para instituições de menor porte, que frequentemente enfrentam restrições orçamentárias e precisam priorizar outros gastos.
Do mesmo modo, a inclusão precisa ser avaliada. Pacientes com lesões, amputações, idosos ou pessoas com deficiência podem enfrentar dificuldades para registrar as informações biométricas. Nesse contexto, é muito importante oferecer métodos alternativos de autenticação para garantir que todos tenham acesso aos serviços.
Por último, é preciso considerar a manutenção e o suporte técnico dos equipamentos biométricos. Falhas inesperadas podem comprometer o atendimento, causar atrasos e gerar filas, impactando negativamente a experiência dos pacientes e profissionais. Mesmo diante dificuldades, já existem soluções que eliminam essas barreiras. Um exemplo é o BioPass ID, plataforma que oferece uma abordagem completa, acessível e altamente confiável para a autenticação biométrica.
Benefícios da implementação biométrica
A implementação de sistemas biométricos em instituições de saúde traz vantagens que impactam diretamente a segurança dos atendimentos e a qualidade da gestão. Ao adotar a biometria, hospitais, clínicas e laboratórios podem garantir a identificação correta de pacientes, profissionais e visitantes, bem como a administração adequada de medicamentos e recursos.
Outro ponto é o combate a fraudes no sistema de saúde. Com a autenticação biométrica, é mais difícil a utilização indevida de planos de saúde ou o acesso a serviços por pessoas não autorizadas. Casos como a realização de procedimentos em nome de terceiros ou até mesmo a marcação de consultas fantasmas passam a ser mais difíceis de ocorrer.
Soluções como as do BioPass ID potencializam ainda mais os benefícios da biometria no setor de saúde. A plataforma é baseada em nuvem e dispensa investimentos em infraestrutura tecnológica, entre outros. Confira:
- Alta precisão e confiabilidade: com uma taxa de acerto superior a 99%, o BioPass ID garante identificação rápida e segura, reduzindo possibilidades de erros como falsos positivos ou negativos.
- Integração simples com sistemas existentes: compatível com diversos sistemas operacionais, evitando retrabalho e inconsistências nos dados.
- Conformidade com a LGPD: utiliza criptografia avançada para proteger dados sensíveis, garantindo segurança, transparência e respeito à privacidade dos pacientes e colaboradores.
- Inclusão e acessibilidade: projetado para atender a diferentes perfis de usuários, incluindo idosos, pessoas com lesões ou limitações biométricas. Nos casos em que a leitura digital não é viável, a biometria facial pode ser utilizada como alternativa.
- Facilidade de uso: oferece uma experiência intuitiva tanto para pacientes quanto para profissionais, promovendo maior aceitação e adesão à tecnologia.
- Escalabilidade: a solução pode ser facilmente expandida conforme as necessidades da instituição crescem, sem exigir grandes investimentos adicionais.
Qual a biometria mais segura para o setor de saúde
No setor de saúde, a escolha da tecnologia biométrica ideal pode impactar diretamente a eficiência dos processos e a experiência dos pacientes e profissionais. Tanto a biometria facial quanto a digital oferecem vantagens, mas a melhor opção vai depender das necessidades de cada instituição.
Em entradas físicas, a biometria digital costuma ser mais ágil e eficiente. Já em contextos mais modernos e remotos, como consultas por telemedicina ou gestão de medicamentos, a biometria facial se destaca. No entanto, de forma resumida, não existe uma resposta única para determinar qual é o melhor tipo de biometria para o setor de saúde. A escolha depende de diversos fatores, como a realidade da instituição, o perfil dos pacientes e profissionais, e os sistemas já existentes.
Enquanto a biometria facial se destaca pela modernidade, conforto e compatibilidade com soluções em nuvem, a biometria digital chama a atenção pela precisão, confiabilidade e facilidade de implementação em estruturas consolidadas. O mais importante é avaliar as necessidades da instituição e optar pela solução que melhor atenda às demandas.
Custos com a biometria facial e de impressão digital
Ao considerar a adoção de uma solução biométrica, é importante avaliar o custo inicial e os fatores que influenciam o custo-benefício a longo prazo. Elementos como estrutura necessária, manutenção, escalabilidade e integração com sistemas existentes devem ser analisados com cautela para garantir que a tecnologia atenda às necessidades da instituição sem comprometer o orçamento. Além disso, a escolha do fornecedor é fundamental nesse processo.
A biometria evoluiu bastante nos últimos anos e já não exige equipamentos especializados ou infraestrutura robusta. Com soluções inovadoras como as do BioPass ID, a câmera de um smartphone comum é suficiente para realizar a captura e a autenticação com qualidade, reduzindo custos iniciais para as instituições de saúde. Ainda, a plataforma disponibiliza opções multibiométricas, integrando as tecnologias facial e digital em um único pacote, permitindo que as instituições de saúde se adaptem a diferentes cenários.
Tempo de implementação da biometria
O tempo de implementação da biometria depende de fatores como o tipo de tecnologia escolhida, a infraestrutura disponível na instituição e a complexidade da integração com os sistemas existentes. Enquanto algumas soluções demandam mais tempo devido a ajustes técnicos, outras oferecem maior agilidade por se adaptarem facilmente aos processos já estabelecidos.
Por exemplo, a biometria digital pode demandar mais tempo caso seja necessário instalar e configurar leitores físicos em alguns pontos de acesso. Por outro lado, a biometria facial apresenta uma implementação mais simples, o que permite à instituição de saúde iniciar as operações com a nova tecnologia em um período reduzido, sem grandes alterações na infraestrutura. Ainda assim, vale destacar que nenhuma das tecnologias é necessariamente superior à outra em termos de desempenho. Com planejamento adequado e suporte técnico especializado, a modernização pode ocorrer de forma eficiente e sem atritos, garantindo benefícios para todos os envolvidos.
Afinal, a biometria facial é melhor que a biometria digital?
A biometria no setor de saúde é mais do que atualização tecnológica. Além de aprimorar os sistemas, a tecnologia melhora a experiência de pacientes e profissionais, reforça a segurança no tratamento de dados em conformidade com a LGPD e contribui para a prevenção de fraudes. Por isso, a escolha entre biometria facial e biometria digital deve ser feita com atenção, considerando fatores como o dia a dia da instituição, as adversidades específicas do ambiente e a eficiência dos fornecedores.
Desta vez, foi possível conhecer as principais diferenças entre as tecnologias biométricas e os benefícios oferecidos por cada solução. A biometria facial destaca-se pela praticidade, agilidade e integração simplificada com sistemas modernos, enquanto a biometria digital continua sendo uma alternativa confiável, especialmente em ambientes com infraestrutura já consolidada. Agora que você já conheceu como a biometria funciona, confira os tipos de fraudes na saúde: como a biometria pode evitar.